Passion
2017 –
Sessão 1 (2 de janeiro, 19h,
Atlanta, EUA)
www.268generation.com
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A
corrida que nos foi proposta[1]
Pregação por: Christine Caine
Baseado
em transcrição editada e traduzida por: Rodrigo B.
Vocês estão com uma aparência
fantástica.
Gostaria que todos aqui que têm 20 anos
ou menos ficassem em pé por um momento. Entre as dezenas de milhares de vocês
aqui hoje, olhem ao redor e vejam que essas pessoas em pé nem sequer haviam
nascido em 1997, quando esse movimento [Passion] começou. E acho que devemos
agradecer a Deus pela vida desse casal que teve uma visão de algo maior do que
eles mesmos, uma visão para uma geração que se espalharia para a seguinte e que
enxergou todos vocês no futuro. Então
vamos agradecer a Louie e Shelley Giglio pelo movimento Passion e pela fé que
tiveram e têm.
[O público aplaude e comemora, em
resposta.]
Podem se sentar. Saibam que mesmo vocês,
que não eram nascidos quando isso começou, saibam que isso tudo sempre foi sobre
vocês também. Sempre foi para que uma geração pudesse contar à geração seguinte
sobre a grandeza do nosso Deus, para todos os que ainda virão. Naquele mesmo
ano de 1997, eu tinha acabado de assumir a liderança de um ministério de jovens
na Austrália chamado “Youth Alive” [Juventude Viva]. Somente Deus mesmo faria isso;
ao mesmo tempo em que as sementes do avivamento estavam sendo plantadas aqui na
América do Norte, um grupo de pessoas malucas em Sydney, na Austrália, ousariam
acreditar que Deus ainda tinha coisas a tratar com aquela geração – a despeito
do que os pessimistas e derrotistas tenham a dizer, a despeito do que o mundo tenha
a dizer –, acreditando que os melhores dias da igreja ainda estão à frente, e
não no passado, e que existe uma geração que ama o Senhor Jesus Cristo. Tivemos
a ousadia de crer que Deus faria algo por entre as nações. E, para mim, é
maravilhoso ver esse movimento, que nos tocou a todos, que impactou
profundamente também o que aconteceu conosco na Austrália... é maravilhoso que
estejamos hoje, aqui, não apenas celebrando os 20 anos que se passaram, mas
também olhando para os próximos 20 anos. Os primeiros 20 anos foram apenas uma
fundação, uma base, comparado àquilo que Deus vai fazer no futuro e vocês são
todos parte disso.
Com isso em mente, então, vamos abrir a
carta aos Hebreus, no capítulo 12. É uma grande honra servi-los essa noite
aqui. É um grande privilégio dar o pontapé inicial nesta noite.
A gente geralmente se pergunta: “como
foi que chegamos até aqui?”. Aqui estamos no gigantesco estádio Georgia Dome –
e aqui é mesmo espetacular. É fantástico que a gente tenha aqui mais de 55.000
jovens reunidos em um mesmo lugar... Mas, como foi que chegamos aqui? Em 1997,
quando o Passion começou, isso não era “aqui”, era “lá”. Em 1997, no início do
Passion, um campo na cidade de Austin, no Texas, era “aqui”. Eu não sei onde o
seu “aqui” é, agora. Alguns de vocês são pastores de jovens, líderes de jovens
ou ministros de jovens em um local afastado, no interior, com um grupo pequeno:
saibam que esse é o seu “aqui” neste momento. Em 2 ou 3 dias a partir de agora,
o “aqui”, vai ser “lá”. Vamos dizer: lembram quando estávamos lá, no Georgia Dome,
para o Passion? O “aqui” sempre se tranforma em “lá”, e o “lá” sempre se
transforma em “aqui”. E a coisa importante que temos que perceber é que
precisamos parar de viver para o “lá” e começar a viver “aqui”, compreendendo
que “agora” e “aqui” é o que vai nos levar até “lá”, “no futuro”!
E aqui, então, temos o autor da carta
aos Hebreus em um lindo texto, Hebreus capítulo 12. Ele diz, nos versículos de
1 a 3[2]:
v.1: Portanto, também nós, uma vez que estamos
rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos
atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança[3]
a corrida que nos é proposta,
v.2: tendo os
olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria
que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e
assentou-se à direita do trono de Deus.
v.3: Pensem bem naquele que suportou tal
oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem se
desanimem.
Para que vocês não se cansem nem se
desanimem. Aqui estamos em 02 de janeiro de 2017... Estamos em um tal momento
que muitos já começaram o ano tanto cansados quanto desanimados. O mundo está
em agitação, perturbação. Mas as escrituras estão nos dizendo aqui que existe
um jeito para que nós, os seguidores de Jesus, não tenhamos que nos cansar...
nem nos desanimar. Existe uma forma para
que nossa luz brilhe em meio a um mundo em trevas, uma maneira pela qual
pareçamos diferentes em nossa faculdade, nossa comunidade, nosso local de
trabalho. Somos diferentes! Não precisamos nos cansar nem nos desanimar.
O autor de Hebreus está escrevendo para
um grupo de cristãos que está vivendo debaixo de extrema perseguição. De fato,
muitos deles estão em um conflito tão grande que estão até pensando em voltar
para o judaísmo tradicional, pois a vida como cristãos está muito difícil. Há
perseguição demais. Não é tão diferente de muitas coisas que temos visto acontecer
no mundo atualmente.
Mas o texto começa com a palavra “portanto”
e isso significa que existe alguma coisa que veio antes desse trecho. O que
temos aqui é a conclusão de um argumento que o autor de Hebreus começou a expor
no capítulo 10. Quero voltar algumas páginas e dar algum contexto para isso, e
então a gente vai chegar ao ponto que quero trazer. Quero que vejam Hebreus
10:32 [até 36]:
“32: Lembrem-se dos primeiros dias, depois que vocês
foram iluminados, quando suportaram muita luta e muito sofrimento.
33: Algumas vezes vocês foram expostos a insultos e
tribulações; em outras ocasiões fizeram-se solidários com os que assim foram
tratados.
34: Vocês se compadeceram dos que estavam na prisão
e aceitaram alegremente o confisco dos próprios bens, pois sabiam que possuíam
bens superiores e permanentes.
35: Por isso, não abram mão da confiança que
vocês têm; ela será ricamente recompensada.
36: Vocês precisam perseverar, de modo que, quando
tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu (...)”
Muitas vezes citamos o versículo “não
abram mão da confiança que vocês têm”, e é no contexto de grande sofrimento e perseguição
que isso está escrito. O autor de
Hebreus está dizendo: “não abram mão da confiança que vocês têm, pois ela será
ricamente recompensada... mas vocês precisam perseverar”. Observem, ele não
diz: “vocês precisam de dons”, ou “vocês precisam de talentos”. Mas sim: “vocês
precisam perseverar”. E isso é imediatamente antes de entrarmos no grande
capítulo sobre fé, o capítulo 11!
Então eu estou aqui hoje para dizer que
precisamos de mais do que fé. Se vamos fazer o que Deus nos chamou para fazer
na nossa geração, vamos precisar de mais do que fé. Vamos precisar de “fé mais
paciência”; vamos precisar de “fé mais perseverança”. Se vamos fazer o que Deus nos chamou para
fazer, o autor de Hebreus diz: “vocês precisam perseverar”. Vocês não têm que se cansar, não têm que se desanimar.
Apesar do que está acontecendo no mundo ao nosso redor, politicamente,
economicamente, socialmente, moralmente, ambientalmente: vocês não precisam se
desesperar. Dois mil anos atrás, Jesus disse: edificarei a minha igreja e as
portas do inferno não podem e certamente não irão resistir a ela. Elas não vão
resistir à igreja do Deus vivo! Você não precisa se desesperar. Mas você VAI precisar de perseverança, [de
resistência]. Você vai precisar de perseverança.
Ao começarmos 2017, todo líder, ministro
ou pastor de jovens, todo estudante, todos os comerciantes ou executivos aqui
presentes, saibam disso: vocês vão precisar de perseverança. Nós VAMOS ter a
vitória. Mas precisamos… perseverar.
Observem a palavra “perseverança”, eu
quero que vocês vejam, porque no capítulo 11 nós temos grandes gigantes da fé.
Abel, Enoque, Noé, Abraão, Sara – e eu gosto muito quando as mulheres aparecem
– e Jacó, José, Moisés, Gideão, Baraque, Sansão, Davi, Samuel e os profetas. O
autor de Hebreus diz que algumas dessas pessoas foram torturadas e perderam
suas vidas. Então “fé” não quer sempre dizer que você não vai passar por dor,
sofrimento e dificuldade. Alguns têm fé e perseverança que acabam por livrá-los
de situações ruins. Outros têm graça e fé para atravessar essas situações ruins
até o fim. É isso o que Hebreus 11 nos mostra. Então é como se a partir de Hebreus
10, o autor dissesse: há muita perseguição acontecendo. Vocês vão precisar de
perseverança. Então permitam que eu encoraje sua fé com todos esses “gigantes”
espirituais, homens e mulheres que fizeram coisas incríveis em sua própria
geração. Essas pessoas carregaram o bastão da fé e o passaram para a geração
seguinte. Eles foram fenomenais – e, a propósito, alguns deles foram mortos. Alguns
foram torturados. Alguns foram espancados. Alguns foram martirizados. Preciso
que saibam que muitos deles perderam a vida, mas não abandonaram a fé,
permaneceram heróis!”. Então, depois de falar tudo isso, chegamos afinal ao
“portanto” de Hebreus 12. PORTANTO, então:
Passion 2017, no estádio Georgia Dome,
ouçam bem. “TAMBÉM NÓS”.
O que quero falar hoje é desta
perspectiva, aquilo que vem logo depois do “portanto”: “também nós”. Tivemos
uma jornada de 20 anos, que foi parte da história maior do reino de Deus, um
movimento que teve seu início no princípio do tempo. Deus nos trouxe a este
momento, hoje à noite, e nos diz: “ei... também nós”. Também nós, quer esta
seja a primeira vez que você esteja participando do Passion, quer esta seja uma
das inúmeras vezes que já participou, saiba que essa é uma mensagem sobre “nós
também”. Porque existe um mandado, uma ordem, uma incumbência que diz respeito
a nós também em relação a nossa própria geração. Não estamos aqui para falar
apenas sobre o que Deus já fez nos últimos 20 anos, embora lhe devamos grande
louvor por isso. Não estamos aqui para falar apenas sobre o que Ele fez por
meio dos gigantes espirituais dos tempos antigos. Estamos dizendo “também nós”.
Existe um “também nós”. Esta é a nossa época, nossa hora, nosso lugar, em que
Deus nos entregou o bastão da fé para que o levemos, como em uma corrida de
revezamento, para nossa geração.
Deus não está nos céus se desesperando com
o que está acontecendo nos Estados Unidos. Ele não está dizendo “ai, meu
Deus... ah, não, espera. Deus sou eu...”. Não. Ele não está, tipo, “Uau, por
essa eu não esperava!”. Ele não está desesperado com a situação econômica,
moral, política. Ele ainda está assentado no trono, e o governo está sobre os
ombros dele, e ele está olhando o futuro e sabe que o futuro é muito bom porque
Jesus já venceu a batalha, já recebeu a vitória, portanto você e eu, “também
nós”, nosso ponto de largada nessa corrida é a vitória! Não estamos correndo em
direção à vitória, já começamos a correr em vitória. Jesus já obteve a vitória.
Jesus Cristo morreu e ressuscitou. E já lemos o final do livro. E se por acaso
você está se perguntando o que acontece no final do livro, eu conto: a gente
ganhou. Nós vencemos.
Por causa da obra redentora de Jesus
Cristo na cruz e da ressurreição de Jesus Cristo, não importa a circunstância
em que você esteja neste exato momento, você pode olhar para essa circunstância
a partir da posição da vitória. De Jesus. Isso dá esperança. Isso nos dá uma
vida que vai além do nosso passado, uma vida que vai além de nossa
circunstância imediata, nos dá uma esperança futura. Essa é a grande história
da fé cristã: ninguém mais vai te oferecer não apenas perdão para o seu
passado, mas também uma vida completamente nova hoje e uma esperança para o
futuro. Por causa de Jesus Cristo, corremos nossa corrida com esperança! E
existe um futuro, existe um destino para você que é maior e mais grandioso do
que o seu passado. Mas você vai precisar de perseverança.
A palavra “persevrança” vem de uma
palavra grega. Eu falo um pouco de grego, porque venho de família grega. Não
falo grego bíblico, é por isso que amanhã vocês vão ter o Dr. Piper e a Beth
Moore. Hoje, vocês têm a mim. Minha mãe costumava me dizer o tempo todo, em
grego: “Christine, você tem que ter paciência”, “Christine, você precisa ter
perseverança”. Quero colocar essa palavra na tela, para vocês verem. Em termos
de pronúncia, a maneira como a palavra era pronunciada em grego koiné (o grego
bíblico) e a maneira como eu falo hoje são diferentes. Mas o significado é:
- A habilidade ou força para continuar, a despeito de fadiga, stress, pressão ou condições adversas.
- A capacidade de suportar algo sob circunstâncias difíceis.
- Não é complacência ou acomodação passiva.
- É uma fortitude[4] cheia de esperança, resistindo ativamente ao cansaço.
- A palavra grega hupomone vem dos radicais hupo (embaixo) e mone (permanecer, aguentar); significa algo como resistir abaixo [de alguma coisa].
Então Deus não vai nos tirar de
circunstâncias nas quais estejamos nos sentindo pressionados; situações que
estejam nos apertando. Porque não podemos construir ou desenvolver perseverança
no caminho de menor resistência, no caminho do menor esforço. A gente só
desenvolve nossa perseverança quando há resistência, oposição; quando nos
deparamos com uma pressão contrária. Isso é um desafio para a nossa geração,
porque nós não queremos sentir nenhuma pressão contrária. Agora, se você não
quer pressão nenhuma e corre para longe de qualquer coisa que seja
inconveniente ou desconfortável, você não vai desenvolver o músculo espiritual do
qual você precisa para fazer o que Deus te chamou para fazer.
Dois anos atrás, já avistando a chegada
dos meus 50 anos (que completei em setembro), procurei um preparador físico. Eu
sabia que eu não estava tão em forma quanto deveria e queria correr a corrida,
completar a carreira; queria estar mais forte na segunda metade da minha
jornada cristã do que eu estava no começo. Bom, se você quiser se sentir
deprimido, vá a uma academia e deixe que eles façam aqueles testes de gordura,
para medir a gordura corporal. Em aparência, eu não estava tão diferente do que
estou hoje, mas eles me disseram que, embora magra, eu estava gorda; que eu
tinha 31% de gordura corporal, embora não aparecesse tanto. Eles explicaram que
essa porcentagem, para uma mulher na minha idade, era algo muito perigoso, perigoso
para os meus órgãos internos, enfim... Eles disseram: “Você vai ter que
eliminar um pouco dessa gordura corporal. E o único jeito de fazer isso é
comendo de maneira mais saudável e começar a levantar pesos.”. Ou seja, eu tive
que começar a levantar pesos, fazer exercícios físicos em que havia resistência
contrária ao meu movimento. Eu gosto muito de correr, sou como o Forrest Gump,
se deixarem, eu fico correndo o tempo todo. Mas não gostava desse tipo de
atividade física com pesos. Quando comecei com isso, eu não conseguia nem fazer
uma única flexão de braço. Mas porque eu continuei a me exercitar e a fazer
coisas que eu não gostava de fazer, olhem só agora...
[Ela
larga o microfone no chão e começa a fazer flexões. Faz 25 flexões e se levanta,
ao som de aplausos.]
A questão é: queremos tudo
instantaneamente. Contudo, você não vai construir a vida que você quer
construir se não aprender a perseverar. Os músculos de que a gente precisa para
uma maratona, para perverar, são diferentes dos músuculos para uma corrida de
velocidade, para um sprint. É preciso um modo de vida todo diferente. E eu
acredito que esta geração foi marcada por Deus para coisas grandiosas. Nunca
tivemos tanto acesso a tecnologia, recursos, educação e preparo, treinamento na
palavra de Deus. Nunca tivemos uma geração que acreditasse tanto na seguinte.
Mas a verdade é que, se não desenvolvermos perseverança e se treinarmos como se
isso fosse uma corrida de velocidade, um sprint, e não uma maratona... não
vamos chegar lá, não vamos conseguir.
A maior ultramaratona do mundo acontece
entre as cidades de Sydney e Melbourne, na Austrália. Normalmente, quem compete
nesse tipo de prova é a elite dos atletas, na faixa dos 30 anos. É uma corrida
de mais de 870 quilômetros. Em 1983, um fazendeiro australiano de 61 anos
chamado Cliff Young apareceu e se inscreveu, vestindo um casaco de chuva,
enfim, algo bem incomum. Os jornalistas do país inteiro acharam que era uma
piada, já que ele tinha o dobro da idade dos atletas e nunca tinha treinado
para aquilo. Mas ele respondeu: “Acho que consigo sim. Eu cresci em uma fazenda
de 8 quilômetros quadrados. Meus pais tinham 2000 ovelhas e não tinham dinheiro
para comprar cavalos ou tratores... Então, na época de reunir as ovelhas, eu
costumava sair por 3 dias, não dormia até juntar todas. Por causa disso, acho
que vou conseguir competir nessa prova.”... Ele virou piada. Vejam essa foto do
Cliff Young. Não é o que você espera quando pensa em alguém que vai vencer a
ultramaratona.

Acontece que ele apareceu e começou mesmo a correr. Mas ele não sabia que a prova era assim: os atletas corriam por 18 horas, dormiam por 6 horas e corriam de novo – e, assim, levava 5 dias para a corrida terminar. Bom, Cliff Young não sabia que podia dormir. Quando a largada foi dada, ele ficou tão para trás dos outros que, quando ele chegou ao local onde eles dormiriam, não sabia que os atletas estavam lá dormindo. Ele achou que era para continuar correndo, até chegar ao final. Então o que aconteceu foi que, com esse passinho curto de corrida, que na Austrália se chama “Cliff Young shuffle”[5], Cliff Young não dormiu por 5 dias. E ele acabou ganhando aquela corrida com 19 horas de vantagem do segundo colocado; quebrou todos os recordes mundiais da época para a maior ultramaratona do mundo. Ao chegar ao final, todos os jornalistas perguntaram: “Como foi que você conseguiu?!”. Ele olhou para eles e disse: “Bom, eu só não parei!... Eu só continuei indo.”.
Como foi que chegamos aqui depois de 20
anos? Louie e Shelley simplesmente não pararam. Como você chega a 20 anos? Bom,
é só não morrer e continuar avançando. Então você chega aqui e já são 20 anos.
Temos uma geração que quer ir além de 20 anos, e Deus diz: “vai levar 20 anos
para vocês terem 20 anos, vocês só precisam estar comprometidos a não parar, a
continuar seguindo, a continuar correndo e a... perseverar”.
Então, como a gente consegue esse tipo
de perseverança? Porque, percebe, não dá para encomendar isso com um aplicativo
de celular. Até existem aplicativos que podem te ajudar a desenvolver
perseverança, mas nenhum vai entregar perseverança na sua porta.
O autor de Hebreus explica o que devemos
fazer. Em primeiro lugar, devemos abrir mão agora. Ele diz: “portanto, também nós, uma vez que
estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que
nos atrapalha...”. Também nós, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do
pecado que nos envolve.
É a melhor coisa que podemos fazer, logo
na primeira noite da conferência Passion. Alguns de vocês vieram aqui para se
livrar de pesos e pecados, para abrir a mão e soltá-los, deixá-los cair no chão...
quando o vídeo de abertura foi exibido, foi alarmante, para mim, ver quantos de
vocês acenderam o flash do celular, indicando que se identificavam com as
perguntas sobre sofrimento, sobre pecados[6]. Há
muitas pessoas aqui carregando pesos e pecados. Alguns de vocês disseram ter
pensamentos suicidas. Alguns de vocês estão cheios de vergonha, culpa e condenação
por alguma coisa que fizeram nas últimas 24 horas – vocês disseram todas essas
coisas ao erguer o flash durante o vídeo. Alguns de vocês têm carregado a dor,
a amargura e a falta de perdão de relacionamentos fragmentados e quebrados.
Alguns de vocês, quanta dor em relação a seus pais! Alguns vêm com uma
experiência semelhante à minha, repleta de abuso sexual, uma vida destroçada, de
abandono. Carregando o peso da falta de perdão, da amargura, da vergonha, da
culpa, da condenação. Outros de vocês estão carregando o pecado – foram vocês mesmos
que ergueram o flash do celular – de fornicação, vícios e dor e ganância, cobiça,
luxúria, orgulho e inveja. Todas essas coisas são pesos e pecados que vão te
atrapalhar, vão te segurar e impedir de cumprir o destino que Deus tem para
você. O autor de Hebreus diz: vocês precisam largar essas coisas. Por isso,
hoje, na noite de abertura do Passion 2017, a melhor coisa que você pode fazer
é deixar seus pesos e seus pecados aos pés da cruz de Jesus Cristo! Você pode largar essa bagagem ali mesmo e pegar
sua liberdade – e começar a correr sem impedimentos a carreira, a corrida, o
caminho que lhe foi proposto! É uma das melhores coisas que muitos de vocês
podem fazer esta noite. Abra suas mãos e largue os pesos.
Agora, sei que alguns de vocês acham que
não conseguem, que não podem, que não são capazes. Vocês acham que já estragaram tudo. Que foram
longe demais, fizeram coisas demais. Mas eu estou aqui hoje para lhes dizer: se
Deus pode usar alguém como eu, que foi deixada sem nome, indesejada, abandonada
em um hospital, que foi adotada e que vítima de abuso sexual... Mas Deus mudou
minha vida completamente, me redimiu e então me usou para libertar pessoas
aprisionadas pela indústria da escravidão, aprisionadas pela vergonha e pelo
abuso. Se Deus pode pegar os estilhaços do meu passado quebrado e costurá-los
para o meu próprio bem e para a glória dEle, então não existe ninguém
aqui que pode estar longe demais ou que seja difícil demais para Ele. Ele pode
fazer isso por você também, ele pode transformar a bagunça do seu passado, para
o seu próprio bem e para a glória dEle, para servir como um grande testemunho
do que Ele fez e para lhe dar um futuro.
É isso o que Jesus Cristo faz.
Então eu me pergunto quais são os pesos
e os pecados que você precisa deixar de lado, dos quais você precisa se livrar.
Eu quero que você saiba que obediência à palavra de Deus não é legalismo, mas
sim obediência. Que tipo de mundo é esse em que cristãos, para obedecer à
palavra de Deus, precisam colocar um letreiro avisando: “não sou legalista”?
“Não sou um fariseu.” “Não me julgue.” Fazer o que Deus nos manda fazer é bom
para nós mesmos! Não existe nada que Deus peça para você abandonar com o
propósito de te prejudicar. Não é para te prejudicar, é para te beneficiar. Não
é coisa de fariseu, não é legalista, não é para julgar ninguém, é para o nosso
próprio bem! Ah, como seria bom uma geração de cristãos que amassem obedecer a
Deus como fruto de um relacionamento de amor com Jesus Cristo! Isso viraria
nosso mundo de cabeça para baixo. Obediência não é legalismo. É obediência. Eu
me pergunto se vocês estão dispostos a se livrar dos pesos e pecados.
A segunda coisa que precisamos fazer é
começar agora, aqui. Percebam, muitos de nós estão tão ocupados pensando em “um
dia, mais pra frente, quando for a hora certa”... mas precisamos começar aqui,
agora. Você só tem agora, você só tem aqui. Eu vou lhes dizer qual o maior medo
que tenho em relação a esta geração: ...é que estejamos tão ocupados deslizando
a tela em meio às atualizações da vida de todas as outras pessoas [ela pega o
celular e desliza o dedo pela tela]... que acabemos deixando de lado nossa
própria corrida, a vida que nos foi proposta. Este é o desafio. Ainda assim, muitos de vocês continuam
falando e sonhando sobre o que vão fazer para Deus “ALGUM DIA”... e não estão
servindo em suas igrejas hoje mesmo. Não sei onde você vê ligação entre “servir a Deus algum dia no futuro” e “não fazer nada hoje mesmo”, porque não
existe ligação nenhuma aqui. Não há correlação nenhuma entre “algum dia sim” e
“não fazer nada hoje mesmo”. Não há nenhuma ligação. Nenhuma. Você precisa
começar aqui, precisa começar agora, na corrida que agora lhe foi
proposta. Líder de jovens, atuando em algum lugar esquecido do interior, não
despreze o lugar em que Deus o colocou agora. O profeta Zacarias disse: não
desprezem o dia das pequenas coisas, dos pequenos começos. Não chegue aqui no estádio
Georgia Dome, neste lugar em que estamos, e se desmotive, pensando que aquilo
que você faz é insignificante em comparação. Precisamos mudar o modo como vemos
e lidamos com as coisas. O objetivo do cristianismo não é a fama, não é a
fortuna, não é ter seguidores nas mídias sociais, não é a celebridade, mas sim
a FIDELIDADE no local onde Deus me colocou! Esse é o objetivo do cristianismo,
é sermos fiéis aqui onde estamos hoje.
A corrida que nos foi proposta é
suficiente para nós? ... Ou vamos continuar a comparar e competir, a sonhar e
armar planos e esquemas falando sobre “um dia, quando a hora certa chegar”...?
Porque se você não é fiel AQUI, você não vai dar frutos LÁ. Você precisa
começar a ser fiel onde você está, agora mesmo. Sabe, o fato é que alguns de
nós precisam parar de ficar obcecados com o futuro, com “onde isso vai dar?”,
“para onde essa atividade vai me levar?”, “onde vou conseguir chegar fazendo
isso?”. Enorme desafio para essa geração. Ficamos tão obcecados com nosso
futuro que acabamos não fazendo nada no dia de hoje. Precisamos, na verdade,
começar agora. E, na verdade, o local em que devemos começar, agora mesmo, é onde
nosso coração está.
Tudo começa em nosso próprio coração, porque
os motivos são coisas muito importantes para Deus. E o modo como você começa é
crucial – estou aqui falando em um estádio repleto de jovens em idade
universitária, predominantemente. O modo como se começa alguma coisa é
importante – e a correção de trajeto é importante. Eu não poderia nem imaginar
estar aqui quando eu comecei! As pessoas vêm me perguntar: “você planejou que a
organização A21[7]
estaria onde está hoje?”; “você se preparou para a iniciativa Propel[8]?”;
“você planejou falar para multidões em estádios?”. Não! Eu só planejei seguir
Jesus a cada dia! E é o que eu faço ainda hoje. Não fico obcecada com “onde eu
vou conseguir chegar com isso, amanhã?”.
Fico obcecada em ser fiel, hoje!
Por isso, para alguns de nós, a pergunta
é: por que eu deveria insultar a Deus com minha imaginação pequena, hoje, em
relação à visão que tenho para o meu futuro, quando, na verdade, a bíblia me
diz que meus olhos não viram e meus ouvidos não ouviram, nem meu coração
contemplou as coisas que Deus preparou para mim?! Que meu Deus é capaz de fazer
infinitamente mais do que tudo o que EU possa pedir ou imaginar?! Por
que eu limitaria Deus às coisas que eu posso pensar, ao invés de ser fiel ao
Deus que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo que eu possa pedir,
esperar ou imaginar?! Por esse motivo, precisamos começar tratando do nosso
próprio coração.
Ao sair daqui, vou voar para Nova York.
Um voo curto, cerca de duas horas. De Nova York, vou voar para Los Angeles, que
é um voo mais longo, quase 5 horas e meia. Então de Los Angeles vou voar para
Bangkok, na Tailândia, que é um voo ainda mais longo, cerca de 19 horas. Se o
meu piloto, um ser humano, não um piloto automático, programar o destino no
aparelho com uma diferença pequena, um erro de 1 grau apenas, em duas horas de
vôo isso não vai fazer tanta diferença. Vou só chegar a um destino um pouquinho
afastado do que eu deveria, mas ainda em Nova York. Com uma correção pequena de
trajeto, consigo voltar para o lugar certo. Quando eu for para Los Angeles,
porém, se ele ajustar o trajeto com um erro de 1 grau, vou chegar a um destino
bem diferente, em outro estado. Quando eu for para Bangkok, então, se eu
ajustar o percurso com um erro de 1 grau, vamos acabar no meio do oceano!
Percebam que, quanto mais longe formos na vida, mais importante aquele 1 grau
se tornará. Assim também, a direção para onde você ajustar o trajeto do seu
coração, no início, vai determinar onde você vai chegar, no final. Paulo
escreve, em Filipenses: não quero que vocês façam nada por ambição egoísta.
Então a melhor coisa que nossa geração pode fazer, ao invés de traçar um plano
estratégico detalhado para a vida, é começar a ajustar a bússola do próprio coração
para a posição correta. Em Filipenses capítulo 2 (versículos 3 a 8), está
escrito:
v. 3: Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade,
mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.
v. 4: Cada um cuide, não somente dos seus
interesses, mas também dos interesses dos outros.
v. 5: Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo
Jesus,
v. 6: que, embora sendo Deus, não considerou que o
ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;
v. 7: mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo,
tornando-se semelhante aos homens.
v. 8: E, sendo encontrado em forma humana,
humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!
Está escrito: nada façam por ambição
egoísta. Eu vou lhes dizer o que o caminho da perseverança faz: ele checa os
seus motivos. O caminho da perseverança vai te dizer com qual finalidade você
está nessa jornada. Em nossos dias, uma época em que somos ensinados: “Sonhe
grande! Faça o que você quiser! Seja o que você quiser ser!”... Quer saber de
uma coisa? Isso nem é bíblico! Jesus nem sequer fez o que ele queria fazer.
Jesus fez o que o Pai dele queria que ele fizesse. As Escrituras nos dizem em
João 6:38:
“Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade,
mas para fazer a vontade daquele que me enviou”.
Em João 4:34, Jesus lhes disse:
“A minha comida é fazer a vontade daquele que me
enviou e concluir a sua obra”.
Em Lucas 22:42:
“Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo,
não seja feita a minha vontade, mas a tua”.
Será que podemos ter uma geração que
diga “contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua”? Porque quero que nos
lembremos de 1 Coríntios, capítulo 6, versículo 19:
“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do
Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não
são de si mesmos?”
Se somos seguidores de Jesus, nós não
pertencemos a nós mesmos! Fomos comprados por alto preço! Pertencemos a Jesus!
Somos chamados para carregar o bastão da fé para nossa geração! Não fomos
chamados para apenas sonhar grandes sonhos ou fazer qualquer coisa que a gente queira
fazer! Ou simplesmente escolher qualquer igreja em que a gente queira ir.
Escolher qualquer ministério que eu queira realizar. Escolher meus dons e
talentos. Não! Nós somos chamados a cumprir os propósitos de Deus nessa geração
em que vivemos! Deus nos deu o bastão da fé para a nossa geração! Carreguemos, “TAMBÉM
NÓS”, de maneira fiel esse bastão da fé, dizendo: minha vida não pertence a mim
mesmo... foi comprada por alto preço.
Quero mostrar a vocês muito rapidamente
duas coisas. Primeiro, qual a diferença entre ambição egoísta e ambição piedosa,
santa. Eu vou ler para vocês esses quadros que vão ser colocados na tela.
Ambição
piedosa X Ambição egoísta
- A ambição piedosa é iniciada por Deus; a ambição egoísta é dirigida pelo ego, pelo “eu”.
- A ambição piedosa diz respeito ao avanço do reino de Deus; a ambição egoísta diz respeito à construção de um império pessoal.
- A ambição piedosa honra os outros; a ambição egoísta compete com os outros.
- A ambição piedosa é leal; a ambição egoísta é oportunista.
- A ambição piedosa tem como foco as outras pessoas; a ambição egoísta tem como foco a mim mesmo.
- A ambição piedosa produz humildade; a ambição egoísta é orgulhosa.
- A ambição piedosa se contenta com o anonimato; a ambição egoísta quer os holofotes.
- A ambição piedosa prefere as outras pessoas; a ambição egoísta usa as outras pessoas.
- A ambição piedosa anseia por agradar a Deus; a ambição egoísta agrada o homem.
- A ambição piedosa é paciente; a ambição egoísta é impaciente.
- A ambição piedosa prioriza a obediência a Cristo; a ambição egoísta aceita abrir mão de qualquer princípio ou valor a fim de poder avançar.
- A ambição piedosa diz respeito a alcançar os perdidos; a ambição egoísta diz respeito a aumentar o número dos meus seguidores.
- A ambição piedosa ama as pessoas; a ambição egoísta se vale das pessoas.
- A ambição piedosa morre para o “eu”; a ambição egoísta gratifica o “eu”.
- A ambição piedosa pensa na próxima geração; a ambição egoísta favorece somente a minha geração.
A Ambição piedosa, santa...
...tem o amor como seu combustível
...é repleta de graça
...é fiel e repleta de fé
...é saturada de esperança
...é baseada na Bíblia
...tem em Cristo o seu centro
...é capacitada pelo Espírito
...está disposta a entregar a própria
vida
...está disposta a tomar a própria cruz
...está disposta a ser um sacrifício
vivo
...vive para a glória de Deus somente!
Passion!... em terceiro lugar: olhe para
cima, agora.
Temos:
1. Abra mão, agora.
2. Comece aqui, agora.
3. Olhe para cima, agora!
Tudo isso é sobre Jesus! Eu acredito que
Deus derramou seu Espírito neste movimento, porque a intenção de todos aqui é a
de magnificar Jesus. O inimigo deseja arruinar sua intimidade com Jesus, é por
isso que ele não quer que essa geração louve. Porque quando você está fixado,
cativado, enamorado por Jesus, nada mais importa! Não importa o quanto eu
ganho, qual meu cargo, qual meu título... Porque você enxerga as coisas da
perspectiva eterna, não fica mais obcecado com as honrarias que este mundo pode
dar.
Eu enterrei minha mãe 3 meses atrás. No momento
em que seu caixão descia ao túmulo, eu pensei: “a próxima sou eu”...! Pensei:
“Jesus, eu fiz tudo o que o senhor queria que eu fizesse?”. Não me importei com
o que os meus seguidores nas mídias sociais pensavam. Não estava preocupada em impressionar
as pessoas. “Eu fiz o que o Senhor me chamou para fazer?! Eu estou correndo
minha corrida na minha geração?! Eu sou fiel, Senhor?!” Porque isso é tudo o
que importa.
Então a gente fixa nosso olhar em Jesus!
Nós olhamos para Jesus porque ele correu a ultramaratona definitiva. Ele é
aquele que perseverou até o final. Nós o magnificamos, o exaltamos, o
engrandecemos, porque as coisas vão ficar difíceis na faculdade, vão ficar difíceis
no mundo em que vivemos: nada disso vai mudar. Então pare de olhar para todas
as outras coisas e comece a olhar para Jesus! Porque Jesus é aquele que
perseverou:
Quando ele começou seu ministério, ele
foi tentado pelo diabo, por 40 dias no deserto. Mas ele perseverou.
Quando sua própria família não entendeu
o que ele estava fazendo, ele ainda perseverou.
Quando seus únicos seguidores o
compreenderam errado, ele perseverou.
Quando seus seguidores começaram a deixá-lo,
um por um, ele perseverou.
Quando os fariseus mentiram a seu
respeito, ele perseverou.
Quando os saduceus conspiraram para que
o prendessem, ele perseverou.
Quando Judas o traiu por 30 peças de
prata, ele perseverou.
Quando ele derramou seu coração perante
o Pai no Getsêmani, ele perseverou.
Quando os guardas do templo o prenderam
no jardim, ele perseverou.
Quando seus 11 discípulos o deixaram,
ele perseverou.
Quando foi submetido a julgamentos
injustos, ele perseverou.
Quando Pilatos o entregou à multidão,
ele perseverou.
Quando Pedro o negou, ele perseverou.
Quando a multidão disse para
crucificá-lo, ele perseverou.
Quando os soldados zombaram dele e o
humilharam, ele perseverou.
Quando o chicotearam e o desfiguraram,
ele perseverou.
Quando o pregaram em uma cruz, ele
perseverou.
Quando todas as forças do inferno vieram
contra ele, ele perseverou.
Quando ele tomou sobre si os pecados da
humanidade, ele perseverou.
Quando ele gritou “Está consumado!”, ele
perseverou.
Quando o enterraram, ele perseverou.
Quando ele ficou naquele túmulo por 3
dias, ele perseverou.
Mas Ele se levantou daquele túmulo! Ele derrotou
o inferno! Derrotou a morte! Ele possui as chaves do inferno e da morte! E uma
vez que Jesus Cristo perseverou, portanto, que “TAMBÉM NÓS” perseveremos pela
nossa geração! Em nome de Jesus! Em nome de Jesus. Em nome de Jesus.
...O
mesmo Espírito que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos vive dentro de você e de
mim. Não ouse me dizer que esta geração da igreja é incapaz de perseverar. Esta
será certamente a geração da igreja que vai carregar a tocha de Jesus Cristo
como nenhuma outra na história do mundo. Nós o faremos. Para a glória de Deus,
em nome de Jesus, amém, amém e amém. E amém. Nós vamos fazer isso. Vamos fazer
isso.
Abra mão agora.
Comece aqui e agora.
Olhe para cima agora.
Se você está disposto a abrir mão dos
pesos e pecados, bem onde você está, na primeira noite, bem aqui na conferência
Passion... se você está dizendo “é isso, agora chega”... Você ergueu o flash
por tantas questões no vídeo de abertura, mas agora você está dizendo, já desde
a primeira noite: “tem alguns pesos e pecados que preciso largar... para que eu
possa correr essa corrida que me foi proposta”. Onde quer que você esteja,
quero que você fique de pé, quero orar por você. Em meio a este estádio, Deus, há
pesos e pecados que precisam ir embora, isso é ótimo. Já na primeira noite. Vou
apenas fazer uma oração, onde quer que você esteja. Estou falando com cristãos,
mas há pesos e pecados que precisam ir embora. Precisam ir embora. Nem sequer
pensem em carregá-los pelo restante dos dias do Passion. Por quê? Por que esperar?
Nós temos uma corrida para correr! [Vendo as pessoas ficando em pé.] Isso é
ótimo.
“Pai, eu te agradeço por cada um desses
milhares de jovens, homens e mulheres maravilhosos, sinceros, que estão de pé
neste estádio. Humildemente, na primeira noite, estão dizendo que querem largar
os pesos e os pecados. E Pai, a beleza deste momento é que o Senhor conhece
cada pessoa, intimamente. O Senhor sabe exatamente qual é a circunstância de
cada um, a dor de cada um, o Senhor conhece exatamente essa situação, então eu
oro para que a presença do Espírito de Deus invada seus corações agora, peço
que lhes dê a força para que eles se livrem, agora mesmo, aqui mesmo, no estádio
Georgia Dome, neste momento, dos pesos... e dos pecados... que os têm impedido
de correr sem qualquer impedimento a corrida que o Senhor colocou à frente de
cada um. Santo Espírito, eu oro para que o Senhor traga cura para os corações
despedaçados, no nome de Jesus. Que o Senhor traga cura para corpos quebrados,
em nome de Jesus. Pai, que haja restauração e reconciliação em nome de Jesus. E
coragem e força para fazer aquilo que é certo quando sairmos deste estádio e
adentrarmos nossa vida diária normal. Pai, na noite inicial, neste lugar, nós
escolhemos conscientemente nos livrar dos pesos e pecados, escolhemos começar a
correr nossa corrida, bem aqui, agora mesmo, e a fazer isso desta maneira:
olhando fixamente para Jesus, o autor e consumador da nossa fé. Em nome de
Jesus. Amém. Amém. E amém.”
Muito obrigada, pessoal.
[1]
Nota do editor: o título é uma adição minha; originalmente sem título.
[2]
Nota do editor: os trechos sublinhados aqui e em outras passagens são uma
tentativa de transmitir alguma ênfase de entonação que a preletora tenha dado
ao fazer a leitura.
[3]
Nota do tradutor: o termo traduzido por “perseverança” em muitas versões em
português da Bíblia corresponde, na bíblia em inglês usada pela preletora, ao
termo “endurance”. Convém notar que a palavra “suportou”, nos versículos 2 e 3,
também destacados pela preletora, equivale, na versão em inglês, ao termo “endured”.
Temos, portando, que “perverança” e “suportou” são palavras com a mesma raiz em
inglês (“endurance” e “endured”; embora também exista o termo “perseverance”
nesse idioma). No original grego, ambas as palavras também parecem derivar de
uma raiz comum, semelhante ao que acontece com a tradução em inglês usada pela
preletora. O mesmo acontece com essas palavras em Hebreus 10, trecho mencionado
a seguir.
[4] Nota
do tradutor: o termo “fortitude” pode ser compreendido como “coragem ao se
lidar com situações difíceis, especialmente ao longo de um extenso período de
tempo”.
[5]
Nota do tradutor: é um passo pequeno de corrida, leve, como em um “jogging” ou “cooper”.
[6]
Nota do editor: ela está se referindo às perguntas que o vídeo de abertura
começou a fazer, em determinado momento – tanto coisas simples quanto questões
mais profundas. As luzes do estádio estavam apagadas. O vídeo pedia que as
pessoas acendessem o flash e, se quisessem responder afirmativamente a alguma
pergunta, erguessem o celular.
[7] Nota
do editor: A21 é uma organização sem
fins lucrativos, dirigida pela Christine Caine e seu marido. A área de atuação
é prevenção, resgate e restauração de vítimas do tráfico humano. Começaram em
2007/2008 em Tessalônica, na Grécia, e hoje têm 11 bases de operação em 10
países.
[8] Nota
do editor: Propel Women é o nome do
conjunto de iniciativas (revista, conferências, grupos de estudo) lançadas por
Christine Caine há poucos anos, voltadas especificamente ao desenvolvimento,
sob uma visão cristã, dos potenciais, paixões e propósitos de mulheres – tanto
as que lideram nas igrejas como as que trabalham fora e as que cuidam dos
filhos.
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